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Keep Talking and Nobody Explodes (em português algo como “continue falando e ninguém explodirá”) possui toda sua essência e diversão já no título do jogo. Ele também é a prova de que um jogo não precisa ter gráficos belíssimos, jogabilidade complexa (se bem que falaremos disso mais para frente) ou histórias muito bem elaboradas; podemos olhar para esse jogo indie, que chega ao Nintendo Switch muito tempo depois do seu lançamento, como uma reunião do que aconteceu no cenário de jogos (no geral) entre as décadas de 70 e 90, com o surgimento dos jogos eletrônicos e a modernização dos jogos de tabuleiro.

O trabalho da Steel Crate Games foi basicamente encontrar uma fórmula de trazer a interação entre jogadores em um novo nível de desafios. Que, além de pegar a onda do VR para simular o seu efeito, também brinca com a limitação humana em saber se comunicar. Indo muito além de um simples game para consoles, aqui você terá uma experiência que dificilmente encontrará em outro local.

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Brincando de Jack Bauer

Nesse jogo, os jogadores precisarão assumir o papel de dois especialistas em desarmamento de bombas para instruir, utilizando um manual informativo, uma outra pessoa que será responsável por evitar que o artefato exploda. Isso tudo por conta de uma simples maleta que é dada para você, repleta de mini-desafios que deverão ser cumpridos dentro do tempo mostrado pelo contador e que diminuirá até chegar a zero. A grande questão é: cada maleta é gerada de maneira aleatória e dividida em módulos independentes, podendo variar de 3 a 10 de acordo com a dificuldade escolhida para o jogo. Cada um desses módulos são compostos de botões, fios, luzes, rádio frequência e outras geringonças que você puder imaginar para serem usadas como obstáculos: desafios ao melhor estilo Genius (aquele brinquedo que você precisa repetir a sequência das cores), o famoso corte do fio correto, código morse, memória, teclados com símbolos estranhos, planos cartesianos para percorrer, etc. Tudo muito bem pensado para que o desarmador dependa completamente de um auxiliar que o guiará através de dicas.

Uma imagem do jogo Keep Talking and Nobody Explodes

Tudo parece tranquilo longe das bombas, com diversos modos de jogo e desafios

Aqui a jogabilidade complexa e controles elaborados dão lugar à comunicação. O difícil não é controlar a maleta para desarmar os módulos, mas sim se comunicar de maneira clara e objetiva. Afinal o jogo propõe que o jogador que desarmará a bomba deverá ficar de frente para a TV ou com o Switch em seu formato portátil e o outro jogador apenas com o manual, sem manter contato visual com a maleta. Dessa forma você, com os joycons em mãos, deverá descrever quais os módulos disponíveis e o outro jogador precisará entender o que você está querendo dizer para localizar no manual a página correta a ser utilizada. Após isso, o manual deverá ser lido e interpretado para que ambos se auxiliem e cheguem à resolução do problema dentro do tempo estipulado. Para facilitar essa tarefa, os comandos são bem simples, utilizando apenas um direcional para navegar entre os itens e elementos, dois botões para selecionar ou cancelar (os mesmos para zoom in e zoom out na maleta), além de utilizar o direcional direito para câmera e rotação da bomba.

Uma imagem do jogo Keep Talking and Nobody Explodes

A curva de aprendizado do jogo é boa o suficiente para aproveitar todos os desafios

Exatamente como um party game, Keep Talking and Nobody Explodes propõe desafios para todas as idades e todos os tipos de jogadores, dos mais inexperientes aos mais hardcore; a graça desse jogo é brincar com a sorte e tentar se comunicar, quase como se estivéssemos aprendendo uma nova língua. Assim como os jogos fillers para os board games (aquele tipo de jogo que você coloca entre uma partida e outra ou apenas para preencher um espaço de tempo morto), a Steel Crate conseguiu desenvolver um título que mistura interação, desafio e jogabilidade, tudo na dose correta para arrancar gargalhadas, euforia e até mesmo frustrar os mais competitivos. De frente para a maleta, o que vale é a imersão (principalmente pelo Switch simular bem a experiência do que seria o jogo no VR) e brincar com a sensação de estar em perigo. Não é para isso que serve o cronômetro? E para deixar ainda mais complexo, a cada erro (limitado a dois) ele regressará em velocidades maiores até a bomba explodir.

Co-op para a família e os amigos

Para deixar tudo ainda mais legal e complexo, o jogo adiciona os Needy Modules que são desafios recorrentes durante sua tarefa para desarmar a bomba. Alavancas e botões vão estar em módulos que não desarmam definitivamente e precisam sempre da sua atenção, pois eles serão um perigo recorrente. Além dos mais de 10 módulos comuns, o modo hard desse jogo vai exigir paciência e estratégia para não explodir tudo. Dentre todas essas possibilidades de construção para cada partida, um único módulo destoa na dificuldade: o código morse! Irritante e difícil de acompanhar, para quem está na maleta ou no manual, com certeza será uma pedra no seu sapato.

Uma imagem do jogo Keep Talking and Nobody Explodes

Não é Dark Souls, mas a vontade de tentar até conseguir desarmar é realmente gratificante

Além desse único desafio desagrafável, o que não consegui entender é a demora para esse jogo ganhar suporte para o português brasileiro, já que seu sucesso ao redor do Mundo é algo inquestionável. Diversos YouTubers brasileiros famosos já cansaram de fazer streaming com as mais diversas e divertidas situações, com os amigos e família, porém todos tinham algo em comum: a língua inglesa não era um problema. Tudo nesse título indie está em inglês, inclusive o manual! Por mais que diversos fãs tenham feito a tradução desse material e disponibilizaram na internet para download, o jogo não possui esse cuidado e atenção com os fãs nacionais. Ainda mais por se propor a utilizar dois Switch para jogar (um com a bomba e outro com o manual oficial), dar a chance de escolher em qual idioma baixar o conteúdo poderia facilitar a vida de todos os jogadores. Essa limitação para alguns pode ser uma barreira ainda maior quando precisamos ouvir seu amigo falando em português, interpretar a situação ditada por ele, buscar qual das condições se encaixa no manual e retornar de maneira inteligível para ele. Tudo isso complica ainda mais se você entrar no clima e se sentir o Jack Bauer tupiniquim para realizar tudo isso dentro do tempo.

Comunique-se!

Desafios à parte, esse jogo indie faz muito bem seu papel como game, como jogo de tabuleiro e como party game. Porém, seu grande trunfo é o estímulo do pensamento criativo e da capacidade de nos comunicarmos. Não basta ser inteligente ou sagaz, pois se você não se fizer entender ou não conseguir compreender o que os outros estão falando, com certeza o limite de tentativas vai levar a missão ao fracasso. Tudo fica muito bem amarrado, inclusive até mesmo como um bom exercício de treino para o seu inglês, para que a diversão seja para todos os que estiverem por perto assistindo, que não vão conseguir se conter. A mágica desse jogo é conquistar rapidamente e divertir por bastante tempo, a ponto de você começar a decorar as variáveis e condições existentes no manual. Depois disso basta um descanso para a risada rolar solta novamente em uma próxima jogatina.

Créditos , game review – link original https://www.gamerview.com.br/reviews/keep-talking-and-nobody-explodes

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Análise

Rematch é o novo fenômeno do futebol nos games – ENTENDA

Rematch é o novo fenômeno do futebol nos games – ENTENDA

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Desenvolvido pela Sloclap, o mesmo estúdio por trás de Sifu e Absolver, Rematch propõe uma experiência totalmente diferente dos simuladores tradicionais como FIFA e eFootball. Em vez de simulação, estatísticas e regras complexas, aqui o foco está na ação rápida, nos dribles precisos e na habilidade pura dos jogadores

Uma nova forma de jogar futebol

Em Rematch, você controla apenas um jogador por partida, e o objetivo é simples: dominar a arena e vencer com sua equipe em partidas 3v3, 4v4 ou 5v5. Esqueça faltas, impedimentos, escanteios ou qualquer outra interrupção. O ritmo é frenético, a bola não para, e as jogadas acontecem o tempo todo.

Com uma pegada arcade moderna, o game combina futebol de rua, combates fluidos e elementos de gameplay que lembram Rocket League — mas tudo com os pés no chão (literalmente). A câmera em terceira pessoa e o controle total sobre passes, chutes e dribles fazem com que cada jogada dependa exclusivamente da sua habilidade.

Plataformas

Rematch já está disponível para:

  • PC (Steam)
  • PlayStation 5
  • Xbox Series X|S

E o melhor: o jogo faz parte do Xbox Game Pass, então quem for assinante pode baixar e jogar sem custos adicionais.

articipações especiais

Como se já não fosse interessante o suficiente, Rematch ainda traz colaborações com estrelas do futebol real. Ícones como Ronaldinho Gaúcho, Marc-André ter Stegen e Kobbie Mainoo estão presentes no jogo como personagens jogáveis e parte do conteúdo promocional.

Sucesso instantâneo

Em menos de uma semana, Rematch já superou a marca de 1 milhão de jogadores únicos, com picos de mais de 90 mil jogadores simultâneos no Steam. É um dos maiores lançamentos de jogo de futebol arcade dos últimos anos, sendo elogiado pela crítica e pelos jogadores pela sua proposta acessível, divertida e competitiva.

ale a pena jogar?

Se você está cansado dos simuladores realistas e quer um jogo de futebol mais direto, divertido e baseado em habilidade real, Rematch é a pedida perfeita. Ideal para jogar com amigos, subir no ranqueado ou simplesmente se divertir fazendo jogadas malucas.

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Games

Más notícias para os fãs de Sonic Adventure: um remake não deve acontecer tão cedo

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Quem esperava ver um remake ou remaster de Sonic Adventure em breve vai ter que esperar sentado. Takashi Iizuka, chefe da Team Sonic, afirmou em entrevista recente que não há planos para trazer o jogo de volta com gráficos e jogabilidade atualizados.

Segundo ele, adaptar Sonic Adventure para os padrões atuais de qualidade e expectativa dos jogadores demandaria tanto trabalho quanto criar um jogo totalmente novo. Por isso, Iizuka acredita que vale mais a pena focar em títulos inéditos.

“Ouço esse pedido com frequência e agradeço muito o carinho dos fãs pela série Sonic Adventure. Mas, quando penso no que seria necessário para atualizar o jogo aos padrões modernos, vejo que seria tão trabalhoso quanto desenvolver um novo. Por isso, penso que talvez seja melhor seguir com algo novo – e é por isso que não temos planos no momento.”

Essas declarações marcam uma mudança em relação a comentários anteriores do próprio Iizuka. No passado, ele demonstrou interesse em fazer um remake de Sonic Adventure, justamente para ajustar os pontos que não envelheceram bem no original.

Ele também já comentou sobre a vontade de criar Sonic Adventure 3, mas não se sabe se essa ideia ainda está nos planos.

FONTE Nintendo Everything

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