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Na altura da PlayStation 2, maior parte dos shooters seguia uma estrutura muito simples, na medida em que tinham de passar por níveis lineares de forma a aniquilar os adversários e derrotar os bosses. Este género progrediu um bocado até aos dias de hoje, com títulos do estilo Uncharted e Gears of War, e agora este Strange Brigade almeja levar-nos de volta à fórmula simplista dos shooters de outrora, e ainda podem juntar três amigos para vos acompanharem.

É verdade que Strange Brigade tem o cariz de um jogo que poderia existir na PS2 – tal como Rogue Trooper Redux, também da produtora Rebellion – mas estamos certamente perante um jogo PS4, como podem ver pelo grafismo. O título segue um grupo de quatro aventureiros que pretendem aniquilar uma antiga força do mal no Egito, pelo que os cenários que vamos atravessar são primorosos, sejam eles ruínas a cair aos bocados, ou selvas luxuriantes.

Strange Brigade é passado nos anos 30 e segue o quarteto de personagens, as quais foram reunidas para combater os poderes de Seteki, a rainha-bruxa. Como tal, tudo parece saído de um velho filme de imagem granulada, que regista a nossa jornada por terras misteriosas. Cutscenes a preto e branco antecedem os níveis, e o melhor de tudo é o narrador tipicamente britânico que nos providencia com os detalhes antes de avançarmos em frente. É difícil um jogo ser genuinamente cómico, mas a Rebellion imbuiu este narrador de excentricidade sem se tornar irritante, e as coisas que diz são de outro mundo.

Cada nível desta aventura épica é um capítulo contido em si próprio e, como tal, tem estatísticas que lhe são inerentes e também os seus coletáveis, pelo que vão ficar desesperados no fim de um nível quando virem quantos vos passaram despercebidos. Vão encontrar seis estátuas de gatos azuis, as quais precisam de atingir de forma a abrirem uma porta que dá acesso a um tesouro no final do nível, bem como relíquias e demais parafernália que vão fazer as delícias de todos os jogadores que insistem em apanhar tudo. Tal como noutros jogos do género arcada – como Devil May Cry – recebem uma pontuação no final do nível de acordo com o quão expeditos foram a despachar monstros, o que é uma boa mecânica no que diz respeito à longevidade.

Por falar em monstros, estes tornam-se cada vez mais difíceis com a progressão da vossa aventura; ao princípio começam com uns quantos mortos-vivos que caem a cada bala que disparam, mas depressa vão lidar com escorpiões gigantes, minotauros, atiradores de lança, e rufias que se teletransportam só para vos chatear. Isto sem falar nos bosses que Seteki insiste em invocar, e nas hordas de inimigos que vão ter de enfrentar de forma a avançarem.

Mas não se preocupem, há várias formas de lidar com estas criaturas – vão ter à vossa disposição um autêntico arsenal, como carabinas de longo alcance, espingardas e muitas outras mais que vão poder desbloquear com o ouro acumulado. Além disso, podem contar com uma pistola, uma granada à vossa escolha e uma habilidade – que vos é conferida através de um amuleto sobrenatural – que vos permite utilizar determinados poderes, como fazer explodir inimigos uma vez acumulada energia suficiente.

E como se todo esse poder de fogo não fosse suficiente, existem também armas especiais que podem encontrar em baús espalhados pelos níveis, como bestas que disparam explosivos e espingardas muito mais poderosas do que as normais. Podem também apanhar gemas que conferem certas vantagens às vossas armas, como danos extra nos tiros na cabeça, ou engolfar inimigos em chamas.

Utilizar as armas ao vosso dispor é extremamente divertido, pois os disparos têm o peso adequado e são responsivos, especialmente ao escutarem o barulho causado por um tiro certeiro na cabeça. Na verdade, são os pequenos detalhes em Strange Brigade que realmente enaltecem a ação, como as mãos na margem do ecrã que indicam a proximidade de inimigos e os pequenos miados que ouvem quando os coletáveis dos gatos azuis estão por perto.

Talvez a ação mais satisfatória seja despoletar armadilhas, sejam estas lâminas que saem disparadas de forma a cortar os mortos-vivos, barris que explodem ou machados balançantes que talham os adversários. Todas estas coisas conferem-vos pontos, e dar cabo de nove mortos-vivos com uma única armadilha é um momento que nunca mais vão esquecer, especialmente tendo em conta que lá mais para a frente na aventura os inimigos mais fortes precisam de uma chuva de chumbo até caírem.

Mas nem tudo tem que ver com balas e mortes no mundo de Strange Brigade, dado que existem muitos puzzles que vos deixam a coçar a cabeça. Maior parte destes têm que ver com símbolos numa porta e procurar por uma sequência para os ativarem, mas encontram também desafios como os de BioShock onde tinham de unir canos de forma a deixar atravessar a água. Não são muito difíceis, e fazem parte de toda esta ambiência de início do século XX, para além de serem mais uma vertente a ter em conta para os jogadores que procuram completar tudo.

Talvez o aspeto mais importante em Strange Brigade seja que tudo o que descrevemos em cima pode ser desfrutado por quatro jogadores. È um misto de cooperação e competição, pois embora vocês e os vossos três amigos colaborem de forma a desmantelar todos os perigos que Seteki vos lança, por outro lado vão estar a pensar quantos pontos e ouro vão conseguir obter no final do nível. Será que vão deixar o grupo – quando este luta pela vida – para procurar por saque? Fica ao vosso critério. Talvez uma armadilha caia sobre os vossos parceiros? Quem sabe?

Tudo isto nos fez lembrar a diversão cooperativa que tivemos em Left 4 Dead e, como será de esperar num jogo deste estilo, precisam de um elenco carismático. Aqui, encontramos quatro personagens diversas, cada qual com personalidades distintas, histórias de vida, sotaques e habilidades, por isso há um pouco de tudo à escolha.

Para além da campanha onde têm de derrotar Seteki, encontram dois outros modos. Um consiste em derrotar hordas de inimigos ao mesmo tempo que usam o vosso ouro para obterem armas maiores e melhores, e no outro vão ter de acumular o maior número de pontos possível segundo um limite de tempo, ao utilizarem armadilhas e o que estiver à vossa disposição.

Embora tudo isto nos tenha deixado com um sorriso na cara, encontrámos também certas falhas. Algumas têm que ver com a movimentação da personagem, como ficarmos presos por vezes em pequenos objetos do cenário, ou a pequena e inexplicável pausa que a nossa personagem faz após uma manobra de evasão. Vale a pena sublinhar que é uma questão de sorte o local para onde o item que lançaram vai parar – caso não estejam a carregar no botão para lançar um objeto manualmente – pois tanto pode aterrar no sítio pretendido, como muito mais à frente.

Mas não deixem que estes pequenos inconvenientes vos iludam, pois Strange Brigade é um shooter extremamente divertido. É simples na sua essência e é aí que assenta o seu charme, dado que vocês e os vossos amigos podem concentrar-se nos tiros e na pilhagem, que é tudo o que realmente interessa. Não chegámos a sentir falta de todos os adornos dos jogos de hoje, porque estávamos concentrados nos mortos-vivos e aconselhamos a todos esta visita memorável ao Egito para testemunharem por vós próprios a diversão que está em oferta.

Strange BrigadeStrange Brigade

Créditos , gamereactor – link original https://www.gamereactor.pt/analises/374783/Strange+Brigade/?rs=rss

Análise

Lilo & Stitch para PlayStation 1: Esse jogo realmente existiu? e ERA BOM…

Se você achou que Lilo & Stitch só teve desenhos e filmes, se prepare: eles tiveram um jogo para o PlayStation 1 — e olha, ele existe MESMO! O mais curioso é que essa franquia tem quatro jogos no total: dois para Game Boy Advance, um para o PS2 (que falaremos em outro post, porque ele é polêmico), e claro, esse aqui do PS1, que tenta se passar por um jogo do filme… mas não tem quase nada a ver com ele.

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Se você achou que Lilo & Stitch só teve desenhos e filmes, se prepare: eles tiveram um jogo para o PlayStation 1 — e olha, ele existe MESMO! O mais curioso é que essa franquia tem quatro jogos no total: dois para Game Boy Advance, um para o PS2 (que falaremos em outro post, porque ele é polêmico), e claro, esse aqui do PS1, que tenta se passar por um jogo do filme… mas não tem quase nada a ver com ele.


A Lilo usa voodoo?!

Pois é. A jogabilidade com a Lilo é bem estranha. Ela anda com um boneco voodoo e enfrenta inimigos usando uma colher mágica e… abundadas estilo Mario? Parece piada, mas é real. E ela ainda tem que coletar 16 fotografias espalhadas pela ilha — um toque meio “coletathon”, tentando parecer um jogo de mundo aberto com fases conectadas.


Mas o Stitch… o STITCH É O CARA!

O Stitch salva tudo! Ele é, sem dúvida, o melhor personagem desse jogo. O principal ataque dele é um giro tipo Crash Bandicoot, mas ele também pode correr em quatro patas, fazer rolamento, dar arroto com gosma verde (eca!) e ainda acumular uma barra de raiva tomando café (sim, café!). Quando ele enche essa barra… ele vira o Sonic! Gira como um maluco atropelando tudo pela frente.

É um “pré-God of War com cheat do Crash”. Sério.


Referências e absurdos: tem de tudo aqui

Esse jogo tem tudo, menos coerência com o filme. Sabe o que não tem no filme da Lilo? Golems de fogo jogando bolas flamejantes, templos faraônicos e corridas contra bullies em velotrols explosivos. Mas aqui tem tudo isso.

Tem até cutscenes com cenas do filme original, jogadas no meio da história maluca, como se fosse um respiro da insanidade.


Exploração, múltiplas rotas e chefes genéricos

Apesar de ser um jogo curto (você zera em menos de 1h30), ele tenta criar um mundo mais aberto com múltiplos caminhos e fases interligadas. Só que, a cada nova fase, você enfrenta… mais um golem genérico.

Ah, e no meio do jogo tem até fases estilo Crash, com o Stitch fugindo da tela enquanto um alien gigante persegue ele — tudo isso enquanto o cenário desmorona atrás. É bom? Sim. Coerente? Jamais.


Fases 2D e alienígenas no meio do Havaí

Mais perto do final, o jogo até apresenta fases com perspectiva lateral, estilo plataforma 2D, e chefes como o Gantu e o Jumba tentando capturar os protagonistas. Tudo culmina numa fuga épica no meio de um vulcão, com Stitch saltando de caminhões e explodindo tudo ao estilo Michael Bay da Disney.


Vale a pena jogar?

Sim, por mais maluco que pareça. Mesmo com todas as liberdades criativas (e falta de sentido com o filme), esse é um jogo carismático, com boas ideias, uma gameplay divertida com o Stitch, e que claramente bebeu da fonte de jogos como Crash Bandicoot e Sonic.

Ele é um daqueles jogos que usaram o marketing do filme para lançar algo rápido e barato, mas no fim, até que ficou bom!

E olha, se você tiver a chance de jogar, vá de Stitch — porque com a Lilo, o negócio é bem mais frustrante.


E o jogo do PS2?

Ah… esse é outro papo. Tem um jogo do Stitch para o PlayStation 2 que é totalmente diferente, meio polêmico, e eu vou falar dele em um outro post/vídeo porque merece atenção especial.


E você, já conhecia esse jogo perdido da Disney para o PS1? Já jogou? Me conta nos comentários! 🌀🚀🌺

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Games

Os jogos esquecidos (e fracassados) do Sonic – Vale a pena revisitar?

Depois do sucesso de Sonic Generations, a expectativa era alta. Mas aí veio Sonic Lost World, um jogo que chutou o balde: abandonou o boost e trouxe um sistema de parkour. Sim, o Sonic correndo pelas paredes!

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Sonic está completando 35 anos! Três décadas e meia de muita velocidade, argolas douradas, loopings insanos e, claro, uma lista gigantesca de jogos — alguns incríveis… e outros que, bom, nem tanto assim.

E sim, hoje eu quero falar justamente desses jogos “diferentões” do Sonic. Aqueles spin-offs, experimentações e tentativas da SEGA de reinventar a jogabilidade do ouriço azul que acabaram dando errado — ou pelo menos não fizeram o sucesso esperado.

Será que eles fracassaram por serem ruins mesmo? Ou será que o público só não estava preparado? Vamos analisar tudo isso agora.

Ah! Já vai deixando o seu comentário e aquele like maroto — porque aqui é o Rk Play e esse post tá nostálgico e polêmico!

Sonic Lost World – O primeiro passo longe do Boost

Depois do sucesso de Sonic Generations, a expectativa era alta. Mas aí veio Sonic Lost World, um jogo que chutou o balde: abandonou o boost e trouxe um sistema de parkour. Sim, o Sonic correndo pelas paredes!

O visual cartunesco, os inimigos clássicos do Mega Drive repaginados e até a tentativa de ser mais “plataforma 3D” chamaram atenção. O problema? Muita gente odiou a mudança de jogabilidade. E pra piorar, ele saiu exclusivamente para o Wii U — um console que teve vendas bem fracas.

Apesar de tudo isso, o jogo foi relançado na Steam (bem discretamente). Mas fica a pergunta: será que uma remasterização no Switch poderia dar uma segunda chance ao título?

Sonic The Fighters – A luta que não vingou

Em meados dos anos 90, a SEGA resolveu colocar o Sonic em um jogo de luta 3D no estilo Virtua Fighter. O resultado? Sonic The Fighters (ou Sonic Championship).

Com personagens icônicos como Bark, Fang, Amy e o Metal Sonic em uma nova forma, o jogo tinha potencial. Mas acabou limitado aos arcades, sem um port decente para consoles como o Saturn — o que poderia ter dado mais profundidade à história e gameplay.

Ele voltou em coletâneas como Sonic Gems Collection, mas nunca foi levado a sério. Um clássico esquecido.


Sonic Battle – Lutinha no GBA com drama e confusão

Muita gente chama Sonic Battle de “Sonic Adventure 2.5”. Isso porque ele tem uma história profunda, ligada ao Dr. Gerald Robotnik e ao robô Emerl, que copia ataques de outros personagens.

O jogo tem campanha para vários personagens e uma pegada de arena 3D para até 4 jogadores, mas… o gameplay é meio travado, sem combos complexos ou estratégia. A galera esperava algo tipo Smash Bros ou Power Stone, e não foi bem isso que aconteceu.

O jogo é bom na história, mas a jogabilidade deixa a desejar. Por isso, pouca gente lembra dele quando se fala de Sonic Advance, mesmo sendo um dos títulos mais únicos do GBA.


Sonic Shuffle – O Mario Party do Sonic (sério)

Lançado para o Dreamcast, Sonic Shuffle é um jogo de tabuleiro com minigames — sim, no estilo Mario Party. Com visual bonito e uma história até canônica (sim!), ele poderia ter sido um clássico.

Mas não foi. Os loadings enormes, a jogabilidade lenta e o fato de ser exclusivo de um console que foi enterrado cedo demais pela SEGA mataram qualquer chance de sucesso.

Curiosamente, ele nunca foi relançado. Mesmo Sonic Adventure e Sonic Adventure 2 ganhando novas versões, o Sonic Shuffle ficou no limbo.


Knuckles’ Chaotix – O jogo que ninguém entendeu

Esse aqui é bizarro. Knuckles’ Chaotix foi lançado para o Sega 32X, aquele acessório estranho pro Mega Drive. O jogo tinha sprites bonitos e o retorno de personagens como Mighty e Vector, mas…

A jogabilidade com dois personagens presos por um anel magnético era, no mínimo, esquisita. E o sistema de fases aleatórias confundia até os fãs mais hardcore.

Apesar de ser visualmente bonito, o jogo teve baixa adesão — e o 32X também não ajudou. É daqueles casos em que o hardware errado matou um projeto que poderia ter sido melhor.


Nem todo jogo do Sonic é um sucesso — e tá tudo bem. A SEGA tentou inovar, explorar novos gêneros e até copiar ideias de outras franquias. Algumas deram certo (Sonic Riders, por exemplo, tem fãs até hoje), mas outras… nem tanto.

E aí, será que algum desses jogos merece uma segunda chance? Ou é melhor deixar esses experimentos no passado? Comenta aí o que você acha — e claro, se quiser ver mais conteúdo como esse, já me segue nas redes e no canal!

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